A Folha Extra segue acompanhando o caso da menina Jade, um bebê de um ano e nove meses que sofre de cardiopatia congênita e aguarda por uma cirurgia de urgência que custa mais de R$ 100 mil.
Após contato sem retorno na semana passada, nesta terça-feira (08), a reportagem conversou pelo telefone com a secretária municipal de saúde de Arapoti, Andrea Cristina Silva, que falou sobre o andamento do processo para conseguir o procedimento.
A servidora pública explicou que quando o caso chegou até ela as primeiras medidas já foram adotadas para tratar a situação da menina. “A mãe da Jade nos procurou há aproximadamente quatro meses buscando atendimento para a situação da filha. Quando verificamos o caso, nos interamos que o bebê já vinha de um acompanhamento iniciado no município de Wenceslau Braz e a primeira coisa que foi orientada para mãe é que continuasse o procedimento lá para agilizar o atendimento, visto que se tratava de um hospital de referência”, comentou a secretária.
Até então, naquela época Jade estava sendo encaminhada para realizar seu tratamento em um hospital na cidade de Londrina, mas conforme contou Andrea, a situação mudou por opção da mãe da criança. “A mãe nos disse que havia se mudado para Arapoti (Distrito de Calógeras) e que acreditava que o andamento poderia ser mais rápido, por isso procurou a gente. Explicamos que o melhor seria seguir com o que já havia sido iniciado em Wenceslau Braz, pois começar tudo do zero poderia atrasar ainda mais as consultas e a própria cirurgia”, explicou a secretária.
Diante da situação, Andrea explicou ainda que o departamento deu início ao processo para realizar as consultas que Jade precisava. “Em um primeiro momento, nós encaminhamos a Jade para o Hospital Infantil Waldemar Monastier que é a nossa referência para cardiologia pediatra, mas o hospital pediu o encaminhamento dela para o Hospital Pequeno Príncipe que é especializado nesse tipo de procedimento. Acontece que há uma burocracia em relação as Regiões de Saúde responsáveis pelos hospitais e, além disso, descobrimos que há uma fila com 169 crianças com o mesmo problema que a Jade aguardando uma consulta”, pontuou.
Embora a mãe da criança tenha afirmado que ela própria procurou o Ministério Público após orientações de conhecidos e familiares, segundo a secretária, seu departamento orientou a mãe para que buscasse o recurso judicial. “Nós conversamos com a mãe da Jade e passamos toda a orientação para conseguir a consulta via judicial. Acompanhei todo o processo junto a Promotoria de Justiça e conversei pessoalmente com o secretário estadual de Saúde, Beto Preto, onde conseguimos que a Jade saísse de 167 na fila para o sexto lugar. Agora a consulta que ela precisa fazer está agendada para o dia 22 de novembro”, disse.
Andrea também falou sobre como funciona o procedimento e porque ainda não foi agendada a cirurgia. “Pelo que apuramos, o problema da Jade foi descoberto quando ela tinha cinco seis meses. A busca por essa cirurgia já tinha mais de um ano e aqui conseguimos agilizar o processo para avaliação médica em quatro meses. É um procedimento específico e não tem como agendar a cirurgia sem antes passar por uma avaliação médica para ver as condições da criança onde quem vai definir a urgência desse procedimento é o médico especialista. Só depois dessa consulta que vamos poder saber qual será o próximo passo no tratamento da Jade. Nossa preocupação segue sendo a criança”, explicou.
Diante disso, Jade deve realizar a consulta no Hospital Pequeno Príncipe na terça-feira (22) para saber qual é a avaliação médica e como fica a situação da cirurgia.
A Folha segue acompanhando o caso. Para entender o assunto e a gravidade da doença da pequena Jade, clique aqui e leia a matéria original.