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Maior fábrica de mosquitos da Dengue do mundo está sendo construída no Paraná

Biofabrica de Aedes Aebypti com a bactéria Wlbachia está sendo construída em Curitiba e deve entrar em operação no ano que vem

Por: Marcelo Aguiar Fonte: Redação
30/10/2024 às 14h29
Maior fábrica de mosquitos da Dengue do mundo está sendo construída no Paraná
Foto: Divulgação.

Uma nova biofábrica de mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia está sendo construída em Curitiba, Paraná, e promete ser a maior do mundo, com 35% das obras já concluídas. A previsão é de que a unidade entre em operação em 2025, atendendo à demanda do Ministério da Saúde e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O projeto foi anunciado em um evento comemorativo dos dez anos da implementação do Método Wolbachia no Brasil, realizado no auditório do Tecpar.

A biofábrica está localizada na área do Parque Tecnológico da Saúde e é gerida pelo Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP), vinculado à Fiocruz e ao World Mosquito Program (WMP). Com uma expectativa de produção de cerca de 100 milhões de ovos de mosquitos por semana, a nova unidade visa priorizar municípios com alto risco de dengue. Ao longo de dez anos de atividade, estima-se que aproximadamente 140 milhões de brasileiros possam ser beneficiados.

Atualmente, o Paraná já conta com duas fábricas em funcionamento, nas regiões Oeste e Norte, que começaram a operar recentemente. Desde julho, aproximadamente 20 milhões de mosquitos com Wolbachia foram soltos em Londrina e Foz do Iguaçu. Além dessas cidades, outras localidades, como Joinville (SC), Presidente Prudente (SP), Uberlândia (MG) e Natal (RN), também estão recebendo a tecnologia.

A estratégia de controle do Aedes aegypti através da Wolbachia é considerada uma alternativa eficaz e sustentável. Segundo Livia Vinhal, coordenadora-geral de Vigilância de Arboviroses do Ministério da Saúde, os resultados em Niterói, onde o projeto foi iniciado, foram positivos. O método, desenvolvido na Austrália, foi introduzido no Brasil em 2014, que é um dos 14 países participantes do WMP.

Luciano Moreira, líder do Método Wolbachia no Brasil, destacou que a abordagem já trouxe uma redução significativa de até 60% nos casos de dengue. A presença da Wolbachia nos mosquitos impede a replicação dos vírus que causam doenças como dengue, chikungunya e Zika.

A coordenadora da Vigilância Ambiental da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Ivana Lucia Belmonte, ressaltou o apoio do estado à iniciativa, considerando-a uma estratégia importante para o enfrentamento da dengue. Embora a Sesa tenha solicitado a ampliação da estratégia para outros municípios, a definição das novas localidades dependerá do Ministério da Saúde.

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