Um fenômeno atmosférico intrigante tem chamado a atenção de moradores na região do Norte Pioneiro do Paraná. Desde o último domingo (01), uma densa camada de fumaça tem obscurecido o céu da região, deixando imensas especulações sobre suas origens e possíveis impactos na saúde pública.
De acordo com explicações do Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar), a fumaça visível em diversas cidades do Norte Pioneiro, é resultado das intensas queimadas registradas nos últimos dias na Amazônia, no Pantanal e em outros países, como a Bolívia e o Paraguai.
As plumas dessas queimadas estão sendo transportadas para o sul do país pela circulação dos ventos. Adicionalmente, uma ampla área de tempo seco tem se expandido por diversos estados brasileiros e outros países da América do Sul, gerando esta situação.
A combinação desses fatores tem contribuído para um aumento na concentração de fumaça sobre o território paranaense. A falta de chuvas neste inverno tem intensificado o problema, com a presença constante de focos de calor que alimentam as queimadas. O risco de incêndios florestais também aumenta com o avanço da fumaça, afetando não apenas a visibilidade, mas também a qualidade do ar.
QUEIMADAS NO BRASIL
De acordo com dados informados pelo sistema BD Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Brasil registrou mais de 59 mil focos de queimadas no mês de agosto, sendo que o Mato Grosso lidera as pesquisas, com mais de 12 mil focos, equivalente a cerca de 20% do total, seguido pelo Pará, com cerca de 11 mil e Amazonas com oito mil focos de queimadas.
O estado do Paraná tem um número menor, registrando 872 focos de incêndio, mas entre os estados da região sul, o Paraná está em primeiro lugar, seguido por Rio Grande do Sul tem 660 focos de incêndio, e 628 pontos em Santa Catarina.