Técnicos dos núcleos regionais de Jacarezinho e de Londrina do Instituto Água e Terra (IAT) devolveram à natureza, nesta quinta-feira (13), um tamanduá-bandeira fêmea encontrado ferido no final de maio em um lote urbano de Wenceslau Braz, no Norte Pioneiro. O animal passou 20 dias em tratamento no Centro de Apoio à Fauna Silvestre (CAFS), localizado na clínica veterinária do Centro Universitário Filadélfia (Unifil) em Londrina, até estar apto para ser solto novamente. A Unifil mantém um convênio com o IAT para atendimento de animais silvestres.
Quando chegou ao CAFS, o tamanduá estava pesando apenas 27 quilos, desidratado, com várias escoriações e uma fratura na região pélvica. Durante o tratamento, o animal recebeu fisioterapia e procedimentos a laser para ajudar na cicatrização dos ferimentos. No dia da soltura, o tamanduá já pesava 32 quilos.
De acordo com o Instituto Tamanduá, uma ONG especializada nos cuidados da espécie, o tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) é um mamífero que mede cerca de dois metros e pode pesar até 45 quilos. Alimenta-se principalmente de formigas e cupins, utilizando suas garras dianteiras para abrir buracos no solo e sua língua de 60 centímetros para capturar os insetos.
O tamanduá-bandeira é facilmente reconhecível por sua pelagem característica, que apresenta uma faixa diagonal preta com bordas brancas que se estende do peito até a metade do dorso, além de seu focinho comprido. Trata-se de uma espécie solitária, mais ativa durante os períodos mais amenos do dia.