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Wenceslau Braz, PR
Nos últimos anos, a popularidade dos cigarros eletrônicos e narguilés tem crescido consideravelmente, especialmente entre adolescentes e jovens. No entanto, especialistas alertam para os riscos associados a esses dispositivos, que podem ter sérias consequências para a saúde. Esta matéria explora os perigos e a exposição de crianças e adolescentes a cigarros eletrônicos e narguilés, apresenta dados estatísticos alarmantes, oferece orientações aos pais e responsáveis, e alerta os usuários sobre os riscos envolvidos.
Os cigarros eletrônicos, também conhecidos como e-cigarettes, e os narguilés atraem jovens com sabores atraentes, ampla disponibilidade no mercado e a falsa percepção de que são menos prejudiciais que os cigarros tradicionais. A Associação Americana do Pulmão relata que 3,6 milhões de estudantes do ensino médio nos Estados Unidos usaram cigarros eletrônicos em 2020, um aumento alarmante em comparação com anos anteriores.
Os Perigos para a Saúde
Embora sejam frequentemente comercializados como uma alternativa mais segura ao tabagismo, os cigarros eletrônicos e o narguilé não são isentos de riscos. O líquido usado nos cigarros eletrônicos, por exemplo, contém substâncias químicas perigosas, incluindo nicotina, que é altamente viciante. A exposição à nicotina em uma idade jovem pode prejudicar o desenvolvimento do cérebro.
Além disso, os narguilés não são inofensivos. Um estudo publicado no "Journal of Adolescent Health" revelou que uma única sessão de narguilé pode expor o usuário a mais monóxido de carbono e alcatrão do que o consumo de um pacote inteiro de cigarros.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o uso de cigarros eletrônicos cresceu mais de 400% entre estudantes do ensino médio no Brasil entre 2015 e 2019. Esse aumento preocupante reflete a necessidade de ações eficazes de conscientização e prevenção.
Nos Estados Unidos, dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) indicam que, em 2020, cerca de 3,6 milhões de estudantes do ensino médio usaram cigarros eletrônicos, e mais de 25% dos estudantes de último ano relataram uso nos últimos 30 dias.
Orientações para Pais e Responsáveis
Para proteger os adolescentes dos riscos associados ao uso de cigarros eletrônicos e narguilés, os pais e responsáveis desempenham um papel fundamental.
De acordo com os especialistas no tema, um dos pontos mais importantes é que os pais e responsáveis mantenham o diálogo aberto com os filhos tratando dos perigos destes produtos de maneira franca e compreensiva. Além disso, antes de tratar do assunto com os filhos, é importante que os pais busquem se informar sobre os riscos destes produtos e a diversidade disponível no mercado. Estar por dentro do assunto vai ajudar na hora de abordar o tema com os filhos.
Outra questão importante é em relação ao exemplo, visto que, principalmente as crianças tem o costume de imitar o comportamento dos adultos. Então, é relevante que os pais também tomem cuidado em relação ao consumo destes tipos de produtos ou de derivados do tabaco.
Proteger muitas vezes dói, então é necessário que os pais estejam preparados para impor limites aos seus filhos estabelecendo regras claras referentes a cigarros eletrônicos, narguilés ou até mesmo o cigarro. Dar a ordem não algo tão efetivo, sendo necessário que os pais estejam atentos e acompanhando se os mesmos estão seguindo as regras.
Alertas para os Usuários
Para aqueles que já usam cigarros eletrônicos e narguilés, é importante estar ciente dos riscos envolvidos e considerar a busca de ajuda para parar. A dependência da nicotina é real, e parar de fumar pode ser um desafio. Recorrer a recursos de apoio, como terapias e grupos de apoio, é uma opção viável para muitos.
Em resumo, a crescente popularidade dos cigarros eletrônicos e narguilés entre os jovens é um motivo de preocupação, dado os riscos significativos para a saúde. Dados estatísticos alarmantes indicam a necessidade de conscientização e ação para prevenir o uso desses dispositivos entre adolescentes. Pais e responsáveis desempenham um papel fundamental na proteção de seus filhos, e os usuários devem estar cientes dos perigos e buscar ajuda se necessário. É essencial que a sociedade se una para combater esse problema de saúde pública em crescimento.
