Em um mundo em constante evolução tecnológica, um novo conceito tem surgido para descrever a geração que está prestes a ser moldada por inovações inimagináveis e transformações constantes. Denominada “Geração Beta”, a nova geração inclui todas as crianças que nascerem a partir de 2025, e terão suas vidas imersas desde o início em um ambiente hiper conectado, digital e automatizado.
“Do meu ponto de vista, a socialização é a parte mais importante da vida, mas com a influência da tecnologia, e as crianças encontrando de tudo no próprio celular, esse contato social acaba se perdendo, e a tendência é que piore com o passar dos anos”, afirma a psicóloga Hellen Martins.
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Embora a evolução constante represente um avanço significativo da sociedade atual, em alguns aspectos o convívio eminente e voltado apenas para o uso das tecnologias mais avançadas pode representar alguns desafios para as próximas gerações, incluindo dificuldades na escrita e comunicação fora das telas, o que pode resultar em grandes dificuldades futuras.
Para entender melhor a questão de “Geração Beta”, é necessário entender alguns aspectos fundamentais do termo, que é designado às crianças que nascem a partir deste ano. O termo associado à esta geração, é inspirado no conceito de “versão beta”, simbolizando constante atualização e transformação.
Assim como mudanças tecnológicas, culturais e sociais moldaram gerações anteriores, a Geração Beta está destinada a crescer em um mundo ainda mais interconectado, digitalizado e redefinido por novas formas de viver, aprender e interagir. Assim como as gerações anteriores, como a Geração Z, que marcou o início das evoluções até 2010, ou a Geração Alfa, marcada pelas crianças que nasceram entre 2010 e 2024, a nova geração tende a se misturar com as condições de vida atuais e que devem ser transformadas digitalmente ao longo dos anos.
Conforme dito em uma publicação do portal UOL, embora ainda estejamos no início de sua formação, prevê-se que a Geração Beta terá diversas características marcantes. Uma delas será a hiperconectividade ainda mais intensa, com as crianças convivendo em um mundo onde a tecnologia será integrada à vida de forma quase imperceptível. Realidades aumentadas, metaverso e inteligência artificial serão ferramentas comuns tanto para educação quanto para diversão, enquanto a privacidade e a ética no uso dessas tecnologias se tornam questões essenciais.
Para a psicóloga Hellen Martins, as crianças da Geração Beta provavelmente apresentarão características sociais muito diferentes das gerações anteriores, principalmente pela questão de estarem cada vez mais associados ao mundo digital e às relações baseadas em intercomunicações.
“Hoje em dia a realidade já é essa. As crianças de hoje não agem como as crianças de antigamente, que criavam suas próprias brincadeiras e aproveitavam de tudo para brincar. Hoje, a maioria das crianças apresentam muita dificuldade em utilizar da própria criatividade”, afirma a psicóloga.
Segundo ela, a presença da tecnologia constante durante a infância, tem deixado o cérebro das crianças mais “preguiçoso”, de certa forma. “As crianças estão acostumadas com tudo mais rápido. Os vídeos curtos, ou shorts, por exemplo, fazem com que as crianças acabem não tendo paciência de esperar por algo mais demorado, já que se acostumam com vídeos de múltiplos assuntos em questão de minutos”, explicou Hellen.
A presença da tecnologia, pode fazer com que a Geração Beta perca uma das principais ações cultivadas pelas sociedades ao longo dos anos, a socialização. “Do meu ponto de vista, a socialização é a parte mais importante da vida, mas com a influência da tecnologia, e as crianças encontrando de tudo no próprio celular, esse contato social acaba se perdendo, e a tendência é que piore com o passar dos anos”, disse.
Contudo, a Geração Beta viverá em um mundo diferente das gerações anteriores. Embora a Geração Alfa e alguns da Geração Z tenham vivido a transformação do mundo, a Geração Beta nasce com a transformação mais avançada, em meio a tecnologias e inteligências artificiais, redefinindo como vivem, aprendem, se divertem e trabalham, o que criará oportunidades para marcas a longo prazo.
Muito se falou na Geração Z e, no momento, a novidade é a Geração Beta, mas a ideia de separar gerações por características históricas vêm desde 1946, quando surgiu a “primeira” geração. Segundo uma publicação realizada pelo portal UOL, o estudo das gerações é uma forma de entender mudanças sociais ao longo do tempo, e estas gerações se dividem desta forma:
Geração Baby Boomers (1946-1964): marcada pelo crescimento populacional pós-Segunda Guerra Mundial, foi moldada pelo otimismo econômico e pelas lutas por direitos civis.
Geração X (1965-1980): cresceu em um período de mudanças culturais e avanço tecnológico, como a chegada dos computadores pessoais. É vista como independente e pragmática.
Geração Millennial ou Y (1981-1996): formada em um tempo de globalização e internet em expansão, é conectada, empreendedora e focada em experiências.
Geração Z (1997-2009): primeira geração totalmente “nativa digital”, com facilidade no uso de tecnologias e engajada em causas como diversidade e sustentabilidade.
Geração Alfa (2010-2024): cresceu com dispositivos inteligentes e tecnologias imersivas, sendo marcada pela naturalidade no uso de ferramentas digitais desde os primeiros anos de vida.
Geração Beta (2025-2040): será uma geração moldada por tecnologias avançadas como IA, preocupações ambientais e transformações sociais significativas no mundo do trabalho.