O Brasil sempre foi conhecido por sua vasta diversidade cultural, e isso inclui a forma como a população se comunica. Ao longo dos anos, o uso de gírias é aberto a diferentes faixas etárias e classes sociais, fazendo com que termos e expressões populares utilizem diversos significados e variações. Desde as crianças até os mais idosos, todos compartilham uma linguagem diversificada, cheia de expressões e significados, mas que mantêm a essência de seu uso.
A implementação das gírias no vocabulário brasileiro está presente desde anos atrás. Muitos jovens e adolescentes, atualmente, podem pensar que são os idealizadores de gírias que adaptam expressões e significados ligados por formas de tratamento, mas o uso destas expressões estão presentes gerações atrás. O que não muda, são os significados, já que várias gírias, utilizadas em períodos diferentes da história, podem ter o mesmo significado de gírias atuais.
A expressão “muito massa” é um exemplo destas gírias que passaram de geração em geração, com transformação, mas sem mudar seu significado. Aproximadamente entre 1980 e 2003, a expressão “muito massa” era frequentemente utilizada por jovens e até mesmo adultos para se referir a algo que seria considerado muito legal ou divertido. Hoje em dia, ver jovens utilizando esta expressão já não é muito comum.
De alguns anos para cá, tornou-se comum ver desde crianças até adultos utilizando a expressão “da hora”, ou, mais para o lado paulista do Brasil, “mó da hora” para se referir ao mesmo significado do “muito massa”, que era muito utilizado há cerca de 20 anos atrás. Outra expressão atualmente utilizada para o mesmo significado é o “muito louco” ou “mó irado”, que também se atribui a algo muito legal.
Outra expressão comum que também sofreu alteração ao longo dos anos, é a referência de quando uma pessoa morre. Antigamente, quando alguém falecia, era comum ouvir a famosa frase “bateu as botas” ou “pendurou a chuteira”. Hoje em dia, a gíria utilizada para a situação, é a famosa “foi de arrasta” ou até mesmo “foi de Vasco”, associando a morte com a queda do time brasileiro.
Em termos de tratamento com outras pessoas, antigamente era comum que os homens se chamassem de “meu chapa” ou “compadre”. Para as mulheres, “comadre” era o mais comum. Hoje em dia, a gíria mais utilizada para se referir a alguém mais próximo é o “meu mano” ou meu brother”, que também possuem o mesmo significado.
Olhando para o lado da moda, diversos termos são ligados ao assunto, mas o mais comum antigamente, era o termo “cafona”, para relacionar as vestimentas de uma pessoa à fora de moda, hoje em dia, o famoso “brega”, tomou o lugar da expressão, mas não deixou seu significado para trás.
Indo para o lado romântico do vocabulário, antigamente era comum que as pessoas utilizassem o termo “meu/minha paquera” para se referir à alguém que estava apaixonado. Hoje em dia, o termo se apresenta como algo antigo, e foi substituído pelo famoso “crush”, que tem tomado conta principalmente através das redes sociais.
Fugindo para o dia a dia financeiro, quando uma pessoa estava sem dinheiro antigamente, era comum utilizar a frase “estou na pindaíba” para retratar sua situação. Hoje em dia, o termo mais utilizado para isso, é o famoso “tô duro”, que também se refere a estar sem dinheiro no momento.
Contudo, apesar de que hajam diversas outras gírias e expressões que se conectam mesmo após anos e mudanças significativas no vocabulário, estas comunicações não perderam sua essência, mas trouxeram a atualidade para dentro do vocabulário brasileiro.