O ano de 2024 foi marcado por importantes avanços nas políticas de igualdade racial e inclusão de povos tradicionais no Paraná, com diversas ações implementadas pela Secretaria da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa (Semipi). População negra, ciganos e comunidades tradicionais receberam atenção especial, com a realização de eventos, parcerias e programas voltados para suas especificidades.
Entre as principais iniciativas, destaca-se a realização da 1ª Conferência de Povos e Comunidades Tradicionais do Paraná, em junho, em Foz do Iguaçu. O evento reuniu representantes de diferentes grupos, como benzedeiras, caiçaras, quilombolas, pescadores artesanais, povos de terreiro e comunidades negras. Durante a conferência, foi eleito o Conselho dos Povos e Comunidades Tradicionais, com a participação de representantes de todos os segmentos do Estado.
No setor da educação, a Semipi firmou parceria com o Centro Universitário Internacional (Uninter) para viabilizar o ingresso de quilombolas, indígenas e ciganos no ensino superior, por meio do "Processo Seletivo Diversidade". A ação também contemplou vagas na Educação de Jovens e Adultos (EJA).
A população negra foi contemplada com várias ações, como o mapeamento das religiões de matrizes africanas e a realização de 300 exames renais, em parceria com a Fundação Pró-Renal. A Semipi também promoveu o 1º Congresso de Gestão e Promoção da Igualdade Racial, em parceria com a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), além de um mutirão voltado à empregabilidade da população negra.
No âmbito dos povos ciganos, o Paraná esteve presente no lançamento do Plano Nacional de Políticas para Povos Ciganos, em Brasília, com uma delegação de representantes das etnias Rom e Calon. Em setembro, foi realizado o 1º Seminário dos Povos Ciganos e Direitos Humanos, com discussões sobre políticas de promoção da igualdade étnico-racial.
Além disso, ações voltadas às comunidades tradicionais, como o apoio a quilombolas e indígenas, foram realizadas ao longo do ano, com destaque para a adesão à Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental Quilombola e a diplomação dos conselheiros dos povos indígenas e das comunidades tradicionais.