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Alergias sazonais aumentam na primavera e exigem cuidados especiais

Clima e pólen podem desencadear crises respiratórias, afetando principalmente crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas

24/09/2024 às 17h56
Por: DAVI MARTINS Fonte: DA REDAÇÃO COM AEN
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Foto: José Fernando Ogura/Arquivo AEN
Foto: José Fernando Ogura/Arquivo AEN

Com a chegada da primavera, sintomas como coceira, obstrução nasal, espirros e coriza se tornam comuns para muitas pessoas, especialmente aquelas sensíveis a alergias sazonais. O desabrochar das flores e a maior quantidade de pólen no ar podem desencadear esses incômodos, exigindo cuidados para evitar crises respiratórias mais graves, que afetam principalmente crianças, idosos e portadores de doenças crônicas como asma, rinite e sinusite.

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Além do pólen, fatores climáticos como umidade excessiva ou clima muito seco podem agravar as condições respiratórias. Segundo Acácia Nasr, coordenadora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), medidas simples de prevenção podem fazer a diferença na qualidade de vida de quem sofre com alergias nesta época do ano. Ela ressalta a importância de manter a casa limpa e arejada, evitar poeira e ácaros, lavar roupas com sabão neutro e garantir boa hidratação, principalmente com o consumo de água.

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No Paraná, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento para alergias em diferentes níveis de atendimento. O primeiro contato geralmente ocorre na Atenção Primária, nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) de cada município. Lá, os pacientes são avaliados e, se necessário, encaminhados para a Atenção Especializada, onde podem ser atendidos por especialistas como alergologistas, pneumologistas ou dermatologistas.

Dados do Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (Sisab), do Ministério da Saúde, mostram que o número de atendimentos relacionados a alergias vem crescendo no estado. De janeiro a agosto deste ano, foram registrados 56.065 atendimentos nas Unidades de Saúde do Paraná para o tratamento de algum tipo de alergia ou reação alérgica, um aumento de 6.045 em relação ao mesmo período de 2023, que contabilizou 50.020 atendimentos. No total, o estado registrou 78.142 atendimentos no ano passado.

O diagnóstico de alergias, conforme destaca Acácia, deve levar em consideração a história clínica do paciente. É importante que o indivíduo informe ao médico sobre fatores ambientais que possam contribuir para as crises, como o ambiente de residência e trabalho, contato com animais e antecedentes familiares de alergia. As medidas de controle ambiental e o uso de medicação apropriada são fundamentais para o controle dos sintomas, sempre com a orientação de um profissional de saúde.

A coordenadora ainda alerta para a necessidade de ficar atento aos sinais de crises alérgicas mais graves. “A reação ocorre quando há o contato com o agente alérgeno. Medidas simples e preventivas podem trazer mais conforto às pessoas, evitando crises respiratórias intensas. Por isso, é importante que as pessoas mais suscetíveis fiquem atentas e tomem os devidos cuidados”, orientou.

Com a primavera em pleno vigor, a prevenção continua sendo o melhor caminho para garantir a saúde e o bem-estar, principalmente para aqueles que sofrem mais com as alergias sazonais.

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