A Secretaria de Estado da Saúde (SESA) confirmou nesta quarta-feira (04) que o Paraná chegou a 16 casos da MPox, a varíola do macaco, neste ano de 2024, sendo um paciente na região do Norte Pioneiro.
De acordo com as informações divulgadas pela SESA, neste ano foram registrados casos da doença em Curitiba, Ivaiporã, Londrina, Santo Antônio da Platina, no Norte Pioneiro, São José dos Pinhais e Maringá. No ano passado, a SESA registrou um total de 45 casos da Mpox no Paraná sem nenhum óbito.
No ano passado, um caso de Mpox também foi registrado em Santo Antônio da Platina. Na ocasião, uma mulher de 60 anos morreu no dia 13 de setembro em decorrência de um câncer. Apesar da causa da morte ter sido a doença, a paciente também teve a varíola do macaco. Também no ano passado, um paciente foi diagnosticado com a doença no município de Santo Antônio da Platina.
A varíola dos macacos é transmitida pelo vírus monkeypox, que pertence ao gênero orthopoxvirus. É considerada uma zoonose viral (o vírus é transmitido aos seres humanos a partir de animais) com sintomas muito semelhantes aos observados em pacientes com varíola, embora seja clinicamente menos grave. O período de incubação da varíola dos macacos é geralmente de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A transmissão ocorre por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama. E, segundo o órgão de saúde, a transmissão de humano para humano está ocorrendo entre pessoas com contato físico próximo com casos sintomáticos.
A OMS descreve quadros diferentes de sintomas para casos suspeitos, prováveis e confirmados. Passa a ser considerado um caso suspeito qualquer pessoa, de qualquer idade, que apresente pústulas (bolhas) na pele de forma aguda e inexplicável e esteja em um país onde a varíola dos macacos não é endêmica. Se este quadro for acompanhado por dor de cabeça, início de febre acima de 38,5°C, linfonodos inchados, dores musculares e no corpo, dor nas costas e fraqueza profunda, é necessário fazer exame para confirmar ou descartar a doença.
Casos considerados “prováveis” incluem sintomas semelhantes aos dos casos suspeitos, como contato físico pele a pele ou com lesões na pele, contato sexual ou com materiais contaminados 21 dias antes do início dos sintomas. Soma-se a isso, histórico de viagens para um país endêmico ou ter tido contato próximo com possíveis infectados no mesmo período e/ou ter resultado positivo para um teste sorológico de orthopoxvirus na ausência de vacinação contra varíola ou outra exposição conhecida ao vírus.