O Paraná se destacou no Ranking de Competitividade dos Estados 2024, divulgado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), ao ser classificado como o terceiro estado mais sólido financeiramente do Brasil. Esse avanço significativo na posição do estado, que subiu cinco posições em relação ao ano anterior, é atribuído à sua gestão fiscal planejada, focada na redução do saldo devedor da dívida pública.
A melhora na solvência fiscal do Paraná é medida pela relação entre a dívida consolidada líquida (DCL) e a receita corrente líquida (RCL) do estado. Esse indicador mostra o quanto a dívida consome da receita estadual, sendo mais positivo quanto menor for essa relação. O Paraná apresentou um desempenho notável, com a dívida consolidada líquida caindo significativamente, consolidando o estado como financeiramente sólido e confiável.
Um dos fatores que contribuíram para essa melhoria foi a renegociação da dívida histórica com o Banco Itaú, relacionada ao antigo Banestado, que se arrastava por mais de 20 anos. Em 2023, o governo do Paraná conseguiu um desconto de 65% sobre essa dívida e a quitou antecipadamente, economizando R$ 2,8 bilhões. Essa ação impactou positivamente os indicadores de solvência do estado.
A dívida consolidada líquida do Paraná chegou ao menor patamar em mais de uma década, passando de R$ 14,7 bilhões em 2011, equivalente a 72,9% da receita na época, para uma dívida negativa de R$ 2,87 bilhões em 2023, a segunda melhor do país, atrás apenas de Mato Grosso. Ter uma dívida líquida negativa significa que o estado possui mais recursos financeiros do que dívidas de longo prazo, garantindo a sustentabilidade das contas públicas.
A gestão fiscal eficiente do Paraná também se reflete no Índice de Liquidez, outro critério do ranking, no qual o estado ocupa a segunda posição. Este índice avalia a capacidade dos estados de cumprir suas obrigações financeiras com base nos recursos disponíveis, destacando o Paraná como uma referência nacional em termos de solidez fiscal e gestão responsável dos recursos públicos.