A parceria entre o Governo do Paraná e o Banco do Brasil foi destacada durante a apresentação dos resultados do Plano Safra 2023/24, em reunião transmitida para todo o Estado nesta terça-feira (09). A direção do banco estatal também apresentou as propostas para o novo ciclo.
No âmbito do programa Banco do Agricultor Paranaense, aproximadamente 4 mil produtores foram beneficiados pelo Banco do Brasil até agora. O programa, operado pelo Fundo de Desenvolvimento Econômico e pela Fomento Paraná, oferece subsídios de juros para os agricultores. O superintendente do Banco do Brasil no Paraná, Mano Biazibetti, informou que os produtores rurais liberaram R$ 532 milhões, com subvenção de R$ 181 milhões pelo Estado. Deste montante, cerca de 60% foi destinado à agricultura familiar. A linha de energia renovável foi a mais acessada, representando 84% das operações.
O secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Natalino Avance de Souza, destacou a importância do programa para apoiar os pequenos agricultores. “O Banco do Agricultor Paranaense é importante porque sinaliza onde devemos ajudar, principalmente o pequeno agricultor. Quando o juro não cai tanto, o Estado precisa colocar um pouco mais, e existe disposição para pensar e ajudar naquilo que interessa”, disse Souza.
Em termos nacionais, o Banco do Brasil disponibilizou R$ 230 bilhões no Plano Safra 2023/24. No Paraná, a carteira agro aportou R$ 31 bilhões, com desembolsos de R$ 17,6 bilhões em cerca de 85,2 mil operações, das quais 52% foram para a agricultura familiar. Para o próximo ano-safra, o banco planeja investir R$ 260 bilhões, representando 54,6% dos R$ 475,5 bilhões anunciados pelo governo federal.
Os investimentos serão distribuídos da seguinte forma: R$ 144 bilhões para a agricultura empresarial, R$ 24 bilhões para médios produtores, R$ 26 bilhões para a agricultura familiar e R$ 66 bilhões em títulos agro e cadeia de valor. Para custeio, a estimativa é de R$ 120 bilhões, com R$ 44 bilhões para investimento, R$ 30 bilhões para comercialização e industrialização, além dos R$ 66 bilhões em títulos agro e cadeia de valor.
“A expressividade da agricultura familiar no crédito nos deixa felizes. Assistência técnica, crédito rural e apoio à comercialização mudam a vida das pessoas”, afirmou Souza. “O Paraná é tido como supermercado do mundo pelo trabalho que faz, pela capacidade de produzir e de ter produtividade. Pode ser melhor e o crédito rural tem papel importante nisso”.
Mano Biazibetti, superintendente do Banco do Brasil, enfatizou a parceria com o Governo do Estado, especialmente no agronegócio. “No Banco do Agricultor Paranaense, somos um grande agente operador. É um programa que nasceu no governo, mas foi uma construção conjunta, e o banco continua sendo parceiro. Estamos dispostos a ajudar não apenas a construir, mas a operacionalizar e fazer acontecer as políticas do Governo do Paraná”, concluiu Biazibetti.