Agricultores do Norte Pioneiro estão correndo contra o tempo para realizar a colheita das plantações de soja nos mais de 170 mil hectares plantados na região. A chuva tem sido o principal obstáculo na hora de retirar os grãos das lavouras, conforme explicou o chefe da regional da Seab (Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento) em Jacarezinho, Fernando Emanuel.
De acordo com os dados divulgados pela regional, a região do Norte Pioneiro tem cerca de 175 mil hectares plantados com a soja. Assim como foi no período da plantação, os produtores do grão estão tendo problemas com o excesso de chuvas na hora de realizar a colheita. Emanuel explicou que, além de impactar no fluxo das máquinas e caminhões nas lavouras, as chuvas das últimas semanas também estão aumentando a umidade dos grãos.
O técnico relata que a colheita chegou a 15% do total de hectares, sendo que o volume colhido tem variado entre 150 a 200 sacas por alqueire. Apesar da previsão seguir otimista, as chuvas seguem preocupando os produtores que temem a perda de qualidade dos produtos devido a umidade.
Outra questão que tem preocupado é em relação a safrinha do milho que, devido ao atraso na colheita da soja, pode ter sua área de plantio reduzida, assim como a produtividade devido ao inverno.
PARANÁ
Apesar do clima instável, a expectativa é de safra recorde no Paraná. De acordo com o último boletim divulgado pelo Deral (Departamento de Economia Rural) na semana passada, o estado tem 5,7 milhões de hectares plantados com o grão. A projeção é que a colheita gere algo em torno de 21 milhões de toneladas dos grãos, o que faria da safra 22/23 a maior da história.
Ainda conforme o Deral, se por um lado as chuvas causaram transtornos no período do plantio e agora tem atrasado a colheita, o volume de água contribui para um melhor desenvolvimento das plantas favorecendo a produção dos grãos.