Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, que morreu nesta quinta-feira (29), aos 82 anos, comprou um lóculo no Memorial Necrópole Ecumênica, em Santos, no litoral de São Paulo, há 19 anos. Na data da aquisição, o Rei do Futebol disse que o local "não parecia um cemitério" e que transmitia "paz espiritual e tranquilidade". Ele escolheu o nono andar, com vista para o Estádio Urbano Caldeira, a Vila Belmiro, em homenagem ao pai, que usava a camisa de número nove nos tempos de jogador.
O cemitério vertical, localizado no bairro do Marapé, está desde 1991 no Guinness Book, o Livro dos Recordes, como o mais alto do mundo, e guarda os restos mortais de parentes e amigos de Pelé. A compra de um plano que assegurava o uso de lóculo para a família aconteceu 7 de julho de 2003, quando ele tinha 62 anos. Em entrevista ao jornal A Tribuna, o Rei ressaltou as qualidades do local.
"Escolhi por sua organização, limpeza e estrutura. É um local que transmite paz espiritual e tranquilidade, onde a pessoa não se sente deprimida, sequer parece com um cemitério", explicou Pelé, à época.
Pelé estava internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, desde 29 de novembro, onde tratava de um tumor no cólon.
O quadro sofreu agravamento no dia 21 de novembro, quando o boletim médico indicava "progressão oncológica", com necessidades de cuidados para as funções renais e cardíacas.
Mín. 12° Máx. 15°