Os investimentos têm ligação com as estratégias das indústrias para 2022. Mais de 30% devem apostar em desenvolvimento de novos negócios, aumento da capacidade produtiva/nova unidade industrial e incorporação de novos produtos à linha. Já para 20% a prioridade será aumentar o valor agregado dos produtos, segmentar os canais de vendas e investir em desenvolvimento e inovação. “Os empresários estão se preparando para ampliar seus mercados e se tornarem mais competitivos. Isso está em sinergia com as expectativas positivas das empresas em relação a 2022”, afirma.
As exportações despontam como um bom caminho para o crescimento da indústria, mas esta disposição está diretamente ligada ao porte das empresas. Entre as grandes, 91,7% devem adotar essa estratégia. Entre as médias, o índice cai para 62,8%. E entre as pequenas, só 24,7% devem vender para fora do país. “O mercado externo é uma oportunidade a ser explorada, mas demanda competitividade, conhecimento do mercado-alvo e dos trâmites de negociação e estratégia clara por parte das empresas”, resume o economista da Fiep.
[caption id="attachment_272069" align="aligncenter" width="2048"] Foto: Gelson Bampi.[/caption]
O ano foi bom ou muito bom para 60,4% dos industriais paranaenses, revela a Sondagem, por conta do crescimento das vendas e dos investimentos realizados. Apenas 11,5% das empresas pesquisadas tiveram desempenho “ruim” ou “muito ruim” e os motivos variam entre redução de vendas, aumento dos custos de matéria-prima e de produção. Para 28,1% a performance em 2021 tem sido regular.
Os resultados mudam de acordo com a região do estado. O Sistema Fiep dividiu as mesorregiões do Paraná em três macrorregiões: Leste (Metropolitana de Curitiba, Centro Oriental e Sudeste); Norte (Norte Central, Norte Pioneiro, Noroeste e Centro Oriental) e Oeste (Oeste, Sudoeste e Centro Sul)). Cerca de 75% dos entrevistados da macrorregião Oeste declararam ter tido um ano bom ou muito bom. Na macrorregião Norte esse índice cai a 58,9%. E, na macrorregião Leste do estado o resultado é 53,4%. O que sustentou os bons resultados foram as vendas, a capacidade instalada e a produção. No entanto, fatores como custo e aquisição de insumos e alta de gás, energia elétrica, combustível e água se destacam de forma negativa como os grandes problemas apresentados pelos empresários em 2021.
A gerente executiva do Observatório Sistema Fiep, Marília de Souza, destaca a importância da pesquisa para a indústria do Paraná. “Além de conhecermos os principais desafios e intenções dos empresários, o estudo capta dados sobre a realidade enfrentada pelas empresas no momento, além de trazer as projeções que esperam para o próximo ano. Tudo isso baliza nosso planejamento interno para que possamos auxiliar os industriais em suas estratégias, oferecendo produtos e serviços que alavanquem seus negócios e contribuam para o crescimento do setor”, resume.