O Paraná já foi o maior produtor nacional de café, mas hoje a cultura ocupa pouco mais de 26 mil hectares, que rendem perto de 1 milhão de sacas anuais. Para estimular a retomada da produção cafeeira no Estado foi lançado o “Programa de Revitalização da Cafeicultura Paranaense”, durante a reunião da Comissão Técnica (CT) de Cafeicultura do Sistema FAEP, no dia 20 de fevereiro, no Centro de Treinamento Agropecuário (CTA) de Ibiporã, na região Norte do Estado. A proposta tem como principais objetivos promover a rentabilidade dos cafeicultores e melhorar a estrutura de produção, visando maior sustentabilidade dessa cadeia.
Uma das ferramentas previstas para a retomada envolve a oferta de assistência técnica para os cafeicultores paranaenses, de forma a elevar o nível técnico das propriedades. Esse serviço poderá ser feito via Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Sistema FAEP, Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná) ou mesmo dos prestadores de serviço privados.
Um dos gargalos dessa cadeia produtiva, segundo Vizioli, diz respeito à genética. Apesar de o IDR-Paraná possuir expertise na produção de mudas de café do tipo arábica e fornecer para diversos Estados, os cafeicultores paranaenses encontram dificuldades em conseguir esse material.
“Esse plano é oportuno, pois o momento do café é agora, já que o preço está lá em cima”, aponta Vizioli. Após o lançamento, foram consultados municípios produtores sobre as ações e estratégias a serem tomadas de forma a regionalizar a assistência técnica de acordo com as demandas de cada região. O prazo é de 30 dias para o envio de propostas para a CT de Cafeicultura do Sistema FAEP. Com essas informações, a entidade vai elaborar um plano de ação, que será apresentado no Encontro de Cafeicultores durante a ExpoLondrina, em abril. |