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Preço do café não deve ter baixa neste ano e recomendação é “economizar”

Presidente da Abic afirma que preço do produto pode sofrer novos reajustes ao consumidor nas próximas semanas e baixas ainda não são previstas para este ano

Por: DAVI MARTINS Fonte: DA REDAÇÃO COM CANAL RURAL
06/02/2025 às 17h00 Atualizada em 06/02/2025 às 17h09
Preço do café não deve ter baixa neste ano e recomendação é “economizar”
Foto: Marcello Casal Jr;/ Agência Brasil

A Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) reconheceu que o preço do café pode sofrer novos reajustes ao consumidor ao longo das próximas semanas. Por isso, recomendou “consumo consciente”. As declarações foram dadas na última quarta-feira (5), pelo presidente da Abic, Pavel Cardoso, em evento para comentar os resultados do setor em 2024.

Cardoso afirmou que a escalada observada em novembro e dezembro de 2024, com aumentos que podem variar entre 20% e 30%, ainda não atingiu por completo as prateleiras. Segundo ele, esse repasse pode resultar em um impacto significativo no orçamento familiar.

“É natural que, sendo o café um produto tão essencial no cotidiano do brasileiro, surjam questionamentos sobre o preço”, afirmou Cardoso. “A análise que nós fazemos, inclusive para fazer uma boa recomendação aos consumidores, é que não haja desperdício, que haja o consumo consciente”, destacou o dirigente.

A recomendação da Abic é de que os consumidores revisem seus hábitos para evitar o desperdício, sugerindo a preparação de apenas a quantidade necessária para cada momento. O presidente da associação chegou a brincar, dizendo que “quem vai deixar de tomar café talvez seja a pia”, referindo-se ao suposto descarte excessivo durante o preparo.

Embora os aumentos nos preços afetem o consumidor, a Abic evitou prever se haverá redução no consumo de café em 2025. “É algo a ser observado com cautela. Os dados sobre isso ainda estão em processo de apuração”, disse Cardoso.

Por outro lado, a Abic afirmou que o preço do café deve continuar subindo nas próximas semanas, pelo menos até a safra deste ano, que começa a ser colhida por volta de abril ou maio. No entanto, a queda de preços só deverá acontecer a partir da safra do próximo ano, estima a associação.

A principal causa do aumento nos preços são os eventos climáticos, que influenciam na safra do grão. O aumento do consumo em todo o mundo e a chegada de um novo mercado consumidor global, a China, também influenciam.

Segundo a entidade, esse impacto sobre os preços deve se manter por mais dois ou três meses. Depois, deve vir um momento de arrefecimento no valor do produto, com uma certa estabilização.

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