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Safra de milho 2024 é marcada pela valorização do grão e desafios climáticos

A seca prolongada impactou especialmente a segunda safra, prejudicando a germinação e o desenvolvimento do milho, o que resultou em uma queda na produtividade

Por: Marcelo Aguiar Fonte: Redação com Assessoria
09/01/2025 às 16h26
Safra de milho 2024 é marcada pela valorização do grão e desafios climáticos
Foto: Ilustrativa - Reprodução/Internet

A safra de milho de 2024 no Paraná foi marcada por uma combinação de desafios climáticos e valorização do grão. A seca prolongada impactou especialmente a segunda safra, prejudicando a germinação e o desenvolvimento do milho, o que resultou em uma queda na produtividade, conforme análises técnicas.

A área destinada à primeira safra de milho registrou uma redução significativa de 17%, passando de 354 mil hectares em 2022/2023 para 294 mil hectares no ciclo atual. Essa diminuição se deve, em parte, à preferência crescente dos produtores pela soja, que tem ganhado mais espaço nas lavouras do estado. "A primeira safra vem recuando cada vez mais, enquanto a segunda safra tem ganhado corpo, mesmo com a competição de área com o trigo e outros cultivos de inverno", explicou Ana Paula Kowalski, técnica do Sistema Faep.

Por outro lado, a segunda safra de milho, responsável pelo abastecimento da cadeia de proteína animal no Paraná, teve um aumento de 7% na área plantada, somando 2,53 milhões de hectares. No entanto, a produção total foi de 18,5 milhões de toneladas, o que representa uma queda de 17% em relação ao ciclo anterior. “Os fatores climáticos que afetaram a soja também impactaram o milho. Contudo, os 15 milhões de toneladas colhidos atenderam, ainda que de forma justa, à demanda interna”, afirmou Edmar Gervásio, analista do Departamento de Economia Rural (Deral).

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Apesar das perdas devido ao clima, o mercado de milho foi favorecido pela alta demanda e pela oferta ajustada. “O milho teve uma elevação maior de preços, com recuperação ao longo de 2024, especialmente no mercado local”, destacou Kowalski. Esse cenário proporcionou rentabilidade para produtores como Claudia Nekatschalow, que aproveitou a entressafra para comercializar sua produção.

Além disso, o Paraná tem registrado um aumento na produção de etanol a partir do milho. A transformação do grão em etanol tem trazido benefícios, como maior capacidade de armazenamento e planejamento mais regular, o que impacta positivamente o mercado, conforme concluído por Gervásio.

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