No início desta semana, uma situação peculiar chamou a atenção de moradores de Ibaiti e de cidades vizinhas. Registros de uma quantidade exagerada de moscas no Jardim Carolina e arredores, fez com que moradores se preocupassem e chamou a atenção de cidades vizinhas sobre a situação. De acordo com informações, a origem da infestação é o uso de esterco de galinha em uma plantação em uma propriedade que fica no perímetro urbano do município.
Os vídeos publicados nas redes sociais, por diversos moradores, mostram uma infestação incomum de moscas no bairro. Nas imagens, é possível notar que não é um evento comum, pois a quantidade de moscas presentes nas ruas, calçadas, dentro das casas e em praticamente todo o bairro.
A infestação gigantesca de moscas no ambiente, tornou o local praticamente impossível de ficar, tanto para pessoas quanto para os animais, devido ao enorme risco à saúde e pelo incômodo causado pelos insetos. Se alimentar, ficou uma tarefa difícil, já que a presença das moscas invadiu praticamente todos os lugares.
Em uma publicação nas redes sociais, em formato de denúncia, moradores relatam que tentaram de diversas formas eliminar os insetos, mas não obtiveram sucesso durante as tentativas. “Já tentamos de tudo, varreduras, limpezas, uso de aspirador, soprador e até oito latas de Multi-Inseticida (SBP), mas nada tem resolvido”, diz o texto publicado.
O problema começou a tomar proporções maiores ao chegar a bairros vizinhos. Depois de ter tomado conta do Jardim Carolina, a infestação começou a atingir os bairros vizinhos, como San Raphael, Santo Antônio da Pádua, Jardim Atlanta, Oscar Arieta Negrão, Jardim Califórnia, Jardim Paineiras, Manoel Gonçalves Dias e Residencial Sophia.
Além das ruas estarem infestadas e as casas sendo invadidas pela infestação, imagens mostram que até os veículos estão sendo invadidos pelas moscas. Nas imagens, é possível ver que um carro está coberto pelas moscas e, ao tentarem retirá-las, elas acabam voltando para o mesmo lugar.
Segundo informações, a origem do problema se dá pelo uso de esterco de galinha em uma plantação em propriedade vizinha ao bairro, que está situada dentro do perímetro urbano, mas é utilizada como uma lavoura de café. O uso do esterco causa o mal cheiro e, consequentemente, atraiu uma quantidade incomum de moscas no município.
“O prejuízo é imenso. As moscas estão sujando tudo, inclusive manchando a pintura das casas e dos móveis. Além de não conseguirmos morar nesta situação, estamos sofrendo com a desvalorização dos nossos imóveis, que estão sendo afetados pelas moscas”, diz o texto publicado. “A empresa tem que cessar a atividade agrícola, pois está sendo nociva à saúde humana”, completa.
Com a proporção da infestação cada vez aumentando mais, os moradores realizaram uma denúncia no último sábado (14) para que as autoridades pudessem realizar ações para combater a infestação das moscas no município. De acordo com informações apuradas pela reportagem da Folha, nesta terça-feira (17), a presença dos insetos ainda está no município, mas após ações, que não foram divulgadas, as autoridades conseguiram amenizar a situação.
A Folha tentou contato com autoridades locais para obter mais informações sobre os procedimentos que serão realizados, tanto para o combate à infestação, quanto para o cultivo em perímetro urbano, mas não conseguiu contato. Mais informações devem ser apuradas.