Recentemente, a região do Norte Pioneiro do Paraná tem registrado um aumento significativo na presença de animais silvestres dentro das cidades e nas rodovias mais próximas. Esse fenômeno, que envolve desde aves e répteis até mamíferos, é possível pelo impacto da expansão urbana e rodoviária sobre os habitats naturais desses animais.
Nos últimos meses, diversas cidades da região têm relatado avistamentos frequentes de animais silvestres. Em Siqueira Campos, por exemplo, uma jaguatirica foi encontrada morta nas margens da rodovia PR-092, causando preocupações entre as cidades vizinhas. Em Wenceslau Braz, um casal de moradores do município encontrou uma cobra cascavel no portão de sua residência e quase foi picado.
Além disso, na tarde desta terça-feira (23), o Instituto de Água e Terra (IAT) publicou um artigo relatando que, em algumas cidades do Paraná, o aparecimento de onças no perímetro urbano têm sido uma atividade comum nos últimos dias.
De acordo com o instituto, foram registrados o aparecimento de onças em três grandes cidades do estado, sendo elas Londrina, da região Norte, Toledo, da região Oeste e Colombo, da região Metropolitana de Curitiba.
Frente aos fatos, o IAT, órgão responsável pelo cuidado com a fauna silvestre do Paraná, reforça o pedido para que a população evite qualquer tipo de contato com estes animais, pois assim poderão garantir sua segurança.
Conforme explica o instituto, estes animais voltarão para seus habitats natural, mas a indicação é de que acionar o IAT seja a melhor maneira de se prevenir contra prováveis ataques destes animais.
De acordo com Mauro Britto, biólogo do IAT, a criação de armadilhas ou arapucas para aprisionar estes animais, independentemente da intenção final, é considerado como crime e pode resultar em processos legais.
“Por mais boa que seja a intenção, não é permitido que se faça arapucas, armadilhas ou coisas do gênero. Isso pode ser enquadrado como crime ambiental, passível de processo e multa. Pedimos que, ao entrar em contato ou ver um destes animais de grande porte próximo à zona urbana, acione o IAT imediatamente”, destaca o biólogo.
A principal causa para esses avistamentos próximo à zona urbana, é a perda de habitat devido ao desmatamento e à expansão urbana e rodoviária. A substituição de áreas naturais por áreas de cultivo e urbanização reduz os espaços disponíveis para os animais, forçando-os a buscar novas áreas. Além disso, rodovias representam um risco significativo, com colisões de veículos e animais se tornando um problema crescente.
Portanto, acionar o Instituto Água e Terra (IAT) ao avistar animais silvestres na cidade é crucial para garantir a segurança tanto dos animais quanto da comunidade. O IAT possui a expertise necessária para realizar o manejo adequado desses animais, evitando riscos e garantindo que eles sejam corretamente resgatados e reintegrados ao seu habitat natural. Além disso, a intervenção do instituto ajuda a prevenir acidentes, promove a preservação das espécies e assegura que qualquer problema de saúde associado aos animais seja devidamente tratado. Em suma, o acionamento do IAT é essencial para equilibrar a convivência entre a vida urbana e a fauna silvestre, contribuindo para a proteção ambiental e a segurança pública.