Investigações realizadas pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) de Presidente Prudente, interior de São Paulo, mostraram que integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) planejavam matar o ex-juiz e senador paranaense Sérgio Moro.
De acordo com as investigações, criminosos que fazem parte da facção tinham planos de sequestrar e matar autoridades públicas em ao menos cinco estados. O plano era matar figuras como Sérgio Moro e o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, além de sequestrar familiares de autoridades para obter vantagens.
Nesta terça-feira (21), uma operação deflagrada por equipes da Polícia Federal em São Paulo e Paraná culminou na prisão de nove pessoas apontadas como integrantes da cúpula do PCC que planejava os atentados contra as autoridades.
Lincoln Gakiya é conhecido por, desde meados de 2000, investigar os crimes praticados pela facção criminosa. Com isso, na última década passou a viver sob escolta policial 24 horas por dia e sete dias por semana, pois as ameaças de morte são constantes. Com seu conhecimento sobre os atos do PCC, o promotor alertou o procurador de Justiça de São Paulo, Mário Sarrubo, de que Sérgio Moro vinha sendo monitorado pelos criminosos.
O caso então foi repassado as equipes da Polícia Federal que deram início das investigações. O senador e sua esposa, que foi eleita deputada federal, passaram a ter escola policial.
No decorrer das investigações, os policiais levantaram informações de que haviam outros alvos além do senador e que os criminosos planejavam praticar homicídios e sequestros para extorquir autoridades. Os crimes estavam sendo planejados em ao menos cinco estados e poderiam acontecer todos ao mesmo tempo. Também foi levantado que o desejo dos criminosos em matar o ex-juiz estaria relacionado as mudanças no regime de visitas intimas.
Outro informação descoberta pelos investigadores é de que os criminosos pretendiam sequestrar o ex-juiz e utilizar ele como moeda de troca para conseguir que Marcola fosse solto.
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