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5 verdades sobre carros em 2021 que deveriam ser piada de 1º de abril

5 verdades sobre carros em 2021 que deveriam ser piada de 1º de abril

13/08/2021 às 15h35 Atualizada em 13/08/2021 às 18h35
Por: Da Redação
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5 verdades sobre carros em 2021 que deveriam ser piada de 1º de abril

No último ano, parece que é 1º de abril pelo menos duas vezes por semana no Brasil. É tanta notícia absurda que a gente se espanta com mais frequência do que bebemos água. Isso vale para todas as áreas, inclusive a indústria de carros.

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Tem carro com projeto de 1998 (Suzuki Jimny) que teve aumento de mais de R$ 25 mil em pouco mais de um ano. Tem carro usado sendo vendido mais caro que o modelo equivalente zero-quilômetro. Tem gasolina a quase R$ 7 o litro e tem uma das fabricantes mais tradicionais de nosso mercado fechando as portas de suas fábricas.

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Nós, jornalistas, temos que escrever todos os fatos a vocês, leitores, independentemente do sentimento, mas o desejo que mais tivemos em tempos recentes foi de que tudo isso não passasse de piada (mesmo que de péssimo gosto, tão ruim quanto o dos marqueteiros da VW que criaram a fake news da “Voltswagen”).

Com vocês, então, as cinco verdades automotivas de 2021 que a gente gostaria muito que não passasse de mentirinha de 1º de abril:

  1. Os aumentos absurdos dos preços de carros

Tem carros que aumentam o preço mais rápido do que vão de 0 a 100 km/h. Um bom exemplo é o Suzuki Jimny de terceira geração, um projeto lançado há 23 anos.

Quando o seu teórico sucessor, o Jimny Sierra, chegou, no fim de 2019, o veterano custava R$ 74.490. Agora, não apenas ele continua em linha como é ofertado por R$ 100.990, com surreais R$ 26.500 de reajuste. Com isso, tornou-se um dos 13 Carros que inacreditavelmente estão custando mais de R$ 100 mil.

Com sucessivos aumentos praticados pelas fabricantes nos últimos meses, consequência da alta do dólar, da pressão inflacionária, do aumento nos custos de produção provocado pela escassez de insumos e pela baixa nos estoques, que tem gerado altas filas de espera entre compradores, o mercado brasileiro começou a viver algumas situações pitorescas.

Por exemplo, o carro mais barato do país, Renault Kwid, não sai por menos de R$ 42.090. E chega a surreais R$ 53.290 na de topo, valor que parece exorbitante para um subcompacto de entrada.

Ainda boquiaberto? Então saiba que o carro automático zero-quilômetro mais barato hoje é o Chevrolet Onix 1.0 Turbo AT, R$ 65.390. E um Volkswagen Gol 1.6 AT já está em R$ 69.930, e passa de R$ 76 mil quando equipado com todos os opcionais. Entre os SUVs, já há poucas opções abaixo de R$ 100 mil e nenhuma por menos de R$ 70 mil.

  1. Carros seminovos estão custando mais caro que novos

Essa só poderia ser piada do dia 1º de abril no Brasil. Afinal, parece inacreditável, mas alguns carros seminovos estão custando mais caro que um modelo equivalente 0 km. Por quê?

Devido à pandemia, não é só a produção de carros que vem sendo afetada com paralisações ou redução de capacidade, como também a de diversos setores da cadeia produtiva que fornecem componentes para as montadoras, no Brasil e em todo o mundo.

Isso tem gerado falta de peças, atraso nas montagens e fila de espera por determinados modelos. O consumidor que não quer esperar meses pelo carro novo acaba pagando mais caro por uma unidade seminova disponível a pronta entrega.

Um VW Nivus Highline zero, por exemplo, custa R$ 107.990, enquanto a mesma versão no mercado de usados é facilmente encontrada por até R$ 120 mil. O mesmo ocorre com modelos como Fiat Strada, VW T-Cross e Chevrolet Tracker.

Quem será o próximo a tirar vantagem da demanda para aumentar o preço do seminovo? Acho que o Chevrolet Onix é um bom chute, já que se trata do carro mais vendido no Brasil nos últimos cinco anos e também está com escassez de estoque devido à paralisação nas atividades da fábrica de Gravataí (RS).

  1. A cadeia automotiva no Brasil à beira do colapso

Mais de um ano de pandemia, lockdown, fábricas paralisadas, concessionárias com restrição de horário de funcionamento e limite de capacidade, aumento de infrações, dólar em alta, carros ficando mais caros, demissões em massa, o consumidor ficando sem dinheiro e lojas fechando. Esse é o cenário atual da indústria automotiva brasileira.

De CNPJs a CPFs, todos têm sentido os efeitos da pandemia de perto. Empresários se preocupam com os custos fixos, como impostos, estrutura, quadro de funcionários e até quando vão conseguir manter sua empresa sem ter lucro. Já os trabalhadores se preocupam até quando vão ter seus empregos preservados.

  1. A Ford fechou as fábricas no país

Durante mais de um século a Ford produziu carros no Brasil. Neste ano, porém, anunciou que iria fechar as três fábricas no país e tirar de linha seus três modelos de produção nacional, Ford Ka, Ka Sedan e EcoSport, mantendo a operação no país apenas como importadora.

A notícia foi tão chocante que, em um primeiro momento, bem que parecia mais um daqueles títulos enganosos para conseguir visualizações. À medida em que foi ganhando os principais veículos de comunicação, percebemos que infelizmente não era uma pegadinha à la 1º de abril.

  1. Os aumentos absurdos nos preços dos combustíveis

Depois de a gasolina passar por seis reajustes só em 2021, atingindo um aumento de mais de 50% no preço em relação ao ano passado, os valores estampados nos postos pareciam se tratar de qualquer coisa, menos do valor cobrado por um litro de combustível. Em algumas regiões, a gasolina chegou a custar R$ 7.

A internet não perdoou e os memes mais criativos começaram a fazer o consumidor rir de desespero. Que desperdice o primeiro litro de gasolina quem nunca deu risada de frases do tipo “com a gasolina a R$ 7 reais, oferecer carona é prova de amizade verdadeira”, ou “um ovo de Páscoa por R$ 60? O que vem dentro, gasolina?”.

Mas o que a gente queria mesmo era uma nota oficial falando que se tratava de uma mentirinha bem adiantada do dia 1º de abril.

 

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