Ano após ano fica nítido que o Brasil realmente só funciona depois do carnaval, a maioria das escolas e servidores públicos só volta as aulas depois do feriado, e ainda usa-se dizer que os dias uteis do ano só começam depois do feriado prolongado. Agora imagine só, se não houvesse o carnaval, teríamos uma semana a mais para aumentar a produção do país, diminuiríamos a transmissão de DSTs e o numero de acidentes nas estradas nessa época despencaria, uma vez que não teríamos a incidência de motoristas dirigindo alcoolizados após as festas.
Até mesmo a valorização da mulher. O mundo não consegue imaginar o Brasil sem pensar em uma bela mulata sambando, ou futebol, mas reduzir o país a isso é injusto, poderia dizer que é quase um crime. Somos um país enorme, seja em tamanho quanto riqueza cultural, mas internacionalmente somos conhecidos por uma festa que, se entrevistarem a população, iriam descobrir que poucos brasileiros sabem a origem do carnaval. É como se tivéssemos a maior festa de carnaval do mundo, mas não soubéssemos de onde ela veio, ou pra que ela servia no inicio. Isso sem falar que esse ano, além de todos os feriados que temos normalmente, ainda é ano de Copa do Mundo, aqui no Brasil, isso quer dizer que o período escolar ficará ainda menor, que funcionários públicos trabalharão ainda menos dias e a produtividade do país será ainda mais comprometida.
Os blocos de carnaval arrastam multidões para as ruas, pessoas praticamente não dormem ou comem direito por dias, para aproveitar o carnaval ao máximo. Fica difícil de acreditar que uma população tão ativa para esse tipo de eventos, seja a nação mais propensa a corrupção, isso é, que mais tem ciência de casos de corrupção sem se revoltar no mundo. Quando houve os protestos no ano passado diziam que o gigante havia acordado, mas vendo a adesão da população ao carnaval, comparado ao número de pessoas protestando, posso dizer que se ele acordou ano passado, hoje dorme um sono profundo. Não que as pessoas não possam se divertir ou pular carnaval, mas que tenham ciência de que, se a situação do país não é a melhor hoje, a população é responsável pela realidade que vive, e pela mudança que precisa ser realizada, seja na rua ou nas urnas.
Por VINICIUS AZEVEDO