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David Luiz: lição para a seleção e para a nação

David Luiz: lição para a seleção e para a nação

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15/07/2014 às 09h19 Atualizada em 15/07/2014 às 12h19

Se existe algo de positivo, futebolisticamente falando, de participação da Seleção Brasileira na Copa do Mundo foi o despertar de David Luiz como um líder nato. E não só dentro de campo.

Durante a Copa das Confederações, no meio do ano passado, o zagueiro já havia dito que gostaria de estar nas ruas protestando junto com outros milhões de brasileiros.

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Agora, David Luiz mostrou algo raro de se encontrar: muita vontade no exercício da profissão que exerce aliada a uma técnica ímpar. Além, claro, de um patriotismo cada vez mais raro entre jogadores de futebol.

O fato, porém, é que o zagueiro mostrou que uma andorinha só não fez verão. Assim como só vontade também não basta para se ter resultados plenamente satisfatórios.

Era emocionante ver jogadores e torcedores bradarem o hino nacional a todo pulmão? Sim. Mas e o futebol? Esse quase não apareceu por parte do Brasil. E o evento premiava a seleção mais esforçada ou a melhor seleção? Ganha jogo quem canta mais bonito ou quem joga melhor? Pois é.

O detalhe é que isso, por mais curioso e até sem nexo que pareça, é um panorama parecidíssimo com os critérios (ou a falta deles) na hora dos eleitores escolherem em quem vão votar.

O cidadão vota em A simplesmente porque B não é simpático. Quem governa melhor? Não importa. Assim como cantar o hino parecia mais importante para a seleção do que propriamente jogar futebol, muitas vezes fatores como beleza, simpatia, parentesco ou similares influenciam mais na escolha do voto do que a gestão ou as propostas em si.

“Não voto neste porque não gosto da cara dele”. “Voto naquele porque gosto do jeito que ele fala”. Infelizmente são frases ouvidas e pensadas ainda por parte do eleitorado. Então se o primeiro passar por uma cirurgia plástica e por um curso de locução ganha a confiança do eleitor?

Ora, ora, leitores da Folha Extra, que tal prestar atenção em pontos primordiais em um candidato, como a gestão frente ao cargo público que ocupa atualmente ou que ocupou anteriormente e as propostas? Ou então, no caso do Norte Pioneiro, uma região sempre esquecida por governos anteriores, que tal puxar pela memória quem são os candidatos que marcaram presença e, muito mais importante que isso, teceram projetos e ações voltadas para o desenvolvimento sócio econômico deste cantinho do Paraná?

Quais deputados você, morador do Norte Pioneiro, viu pessoalmente na sua cidade? Quantas obras do seu município ou comunidade tiveram a participação efetiva do deputado que você pretende votar? Se sua resposta for zero para ambas as perguntas, então você deve imediatamente repensar seu voto.

Para governador, o critério deve ser o mesmo, guardadas as devidas proporções. Quem fez quanto pela região? Quem tem propostas concretas pelo Norte Pioneiro? Em quem o eleitor pode esperar que o antigo “Ramal da Fome” prospere?

É isso, e nada mais a dizer. Escolher de outra forma é tão tonto quanto colocar um animal para prever os vencedores dos jogos da Copa do Mundo – e tão medíocre quanto o futebol apresentado pela Seleção Brasileira durante esta Copa.

David Luiz: lição para a seleção e para a nação

 

Se existe algo de positivo, futebolisticamente falando, de participação da Seleção Brasileira na Copa do Mundo foi o despertar de David Luiz como um líder nato. E não só dentro de campo.

Durante a Copa das Confederações, no meio do ano passado, o zagueiro já havia dito que gostaria de estar nas ruas protestando junto com outros milhões de brasileiros.

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Agora, David Luiz mostrou algo raro de se encontrar: muita vontade no exercício da profissão que exerce aliada a uma técnica ímpar. Além, claro, de um patriotismo cada vez mais raro entre jogadores de futebol.

O fato, porém, é que o zagueiro mostrou que uma andorinha só não fez verão. Assim como só vontade também não basta para se ter resultados plenamente satisfatórios.

Era emocionante ver jogadores e torcedores bradarem o hino nacional a todo pulmão? Sim. Mas e o futebol? Esse quase não apareceu por parte do Brasil. E o evento premiava a seleção mais esforçada ou a melhor seleção? Ganha jogo quem canta mais bonito ou quem joga melhor? Pois é.

O detalhe é que isso, por mais curioso e até sem nexo que pareça, é um panorama parecidíssimo com os critérios (ou a falta deles) na hora dos eleitores escolherem em quem vão votar.

O cidadão vota em A simplesmente porque B não é simpático. Quem governa melhor? Não importa. Assim como cantar o hino parecia mais importante para a seleção do que propriamente jogar futebol, muitas vezes fatores como beleza, simpatia, parentesco ou similares influenciam mais na escolha do voto do que a gestão ou as propostas em si.

“Não voto neste porque não gosto da cara dele”. “Voto naquele porque gosto do jeito que ele fala”. Infelizmente são frases ouvidas e pensadas ainda por parte do eleitorado. Então se o primeiro passar por uma cirurgia plástica e por um curso de locução ganha a confiança do eleitor?

Ora, ora, leitores da Folha Extra, que tal prestar atenção em pontos primordiais em um candidato, como a gestão frente ao cargo público que ocupa atualmente ou que ocupou anteriormente e as propostas? Ou então, no caso do Norte Pioneiro, uma região sempre esquecida por governos anteriores, que tal puxar pela memória quem são os candidatos que marcaram presença e, muito mais importante que isso, teceram projetos e ações voltadas para o desenvolvimento sócio econômico deste cantinho do Paraná?

Quais deputados você, morador do Norte Pioneiro, viu pessoalmente na sua cidade? Quantas obras do seu município ou comunidade tiveram a participação efetiva do deputado que você pretende votar? Se sua resposta for zero para ambas as perguntas, então você deve imediatamente repensar seu voto.

Para governador, o critério deve ser o mesmo, guardadas as devidas proporções. Quem fez quanto pela região? Quem tem propostas concretas pelo Norte Pioneiro? Em quem o eleitor pode esperar que o antigo “Ramal da Fome” prospere?

É isso, e nada mais a dizer. Escolher de outra forma é tão tonto quanto colocar um animal para prever os vencedores dos jogos da Copa do Mundo – e tão medíocre quanto o futebol apresentado pela Seleção Brasileira durante esta Copa.

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