A votação é um dos principais momentos de uma democracia. Isso porque é através dela que o povo irá escolher quais serão seus representantes nos poderes Executivo e Legislativo. Em outubro temos as eleições presidenciais no Brasil, nas quais serão eleitos deputados estaduais e federais, senadores, governadores e presidente da república.
É interessante ver que mesmo sem precisar, muitos adolescentes entre 16 e 17 anos optaram por tirar seus títulos eleitorais, exercer seu direito (e agora dever) de voto e tentarem de alguma maneira melhorar o país em que vivem.
Muito se fala na reforma política brasileira como a principal maneira de vermos uma evolução nacional quando se trata de corrupção, favorecimentos, melhoria social e econômica. Mas, antes da reforma política é necessária a reforma dos políticos, afinal se os que estão (e sempre estiveram) no poder continuarem lá, não há a menor chance de mudar. Eles não querem e não vão dar um tiro no próprio pé.
Talvez, a jovialidade desses novos eleitores brasileiros possa trazer mudança e evolução à política nacional, pois é inerente à juventude o sentimento de evoluir, de aceitar e promover as novidades e de questionar o status quo.
É claro que uma mudança como essa não vem do dia para a noite. Por isso, é impossível pensar numa alteração drástica no cenário político já nas próximas eleições. Isso, no entanto, não deve ser razão para que os novos votantes se desanimem. Tentar mudar para melhor é uma obrigação do eleitor, principalmente dos mais novos, que têm muitos ideais.
Aliás, jovens, não deixem que os velhos defensores do conservadorismo social, militantes do “mais do mesmo” e baluartes do retrocesso os convençam de que vocês estão equivocados, pois não estão. Cada um enxerga a política de uma maneira distinta e nesse ponto caímos na antiga dicotomia entre o certo e o errado. Isso não existe, são escolhas pessoais e desde que suas ideias não prejudiquem terceiros, elas estão certas (ao menos para você) e sua obrigação é defendê-las.
Antes de votar, é de suma importância que você conheça o sistema político brasileiro: os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário (mesmo que os membros deste não sejam escolhidos por voto popular). É preciso também saber quais as funções dos deputados, senadores, governadores e presidente. Sem esse conhecimento prévio é impossível escolher bem seus candidatos.
Não se esqueça nunca de que o voto é seu e só seu, ele é intransferível e deve expressar sua opinião. Não que você não deva aceitar conselhos daqueles que entendem mais sobre a política, mas nunca deixe que outras pessoas usem sua mão para apertar os números dos candidatos dela.
Em nome da Folha Extra, parabéns aos adolescentes que escolheram votar nas eleições presidenciais deste ano. O Brasil precisa de gente com iniciativa e com sede de mudança.