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Nepotismo: O Desafio da Ética na Gestão Pública

Infelizmente, casos abusivos, onde a nomeação serve a interesses financeiros ou políticos, ainda são uma triste realidade.

Por: DAVI MARTINS Fonte: ALEX ALBERGONI
16/01/2025 às 15h31 Atualizada em 16/01/2025 às 18h12
Nepotismo: O Desafio da Ética na Gestão Pública
Foto: Ilustrativa - Reprodução/Internet

Imagine um cidadão que acompanha esperançoso o início de um novo mandato em sua cidade. Com promessas de renovação e gestão ética, ele deposita suas expectativas em prefeitos e vereadores recém-empossados. Contudo, logo surge uma dúvida inquietante: "Será que as nomeações para cargos de confiança seguem critérios justos ou são apenas privilégios para amigos e parentes?". Obs.: qualquer semelhança não é mera coincidência!

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Esse dilema nos leva ao tema do nepotismo, que ocorre quando parentes ou pessoas próximas são favorecidas em nomeações ou promoções em cargos de “natureza administrativa”, mesmo que haja candidatos mais qualificados. A Súmula Vinculante 13 do STF é clara: nomeações de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau para cargos em comissão ou funções de confiança na administração pública direta ou indireta são inconstitucionais.

Ora, não precisamos esforço demasiado para entender que tal prática além de ilegal é antiética, e viola princípios fundamentais como a imparcialidade, a igualdade de oportunidades, a transparência, e principalmente, o uso da coisa pública em detrimento ao particular.

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Ocorre, porém, que há exceções para casos específicos, onde o gestor pode nomear parentes para cargos de “natureza política”, como secretários municipais, sem infringir a lei. Isso acontece porque esses cargos, definidos no artigo 84 da Constituição, possuem caráter estratégico e demandam confiança irrestrita, característica típica de um "munus governamental".

Tal exceção tem razão de ser, pois, de fato, o administrador precisa se cercar de pessoas de extrema confiança e alinhamento de princípios e valores, refletindo seu perfil.

Contudo, é necessário cautela. A prática deve ser pautada pela razoabilidade, exigindo que o nomeado tenha competências técnicas e idoneidade moral. Infelizmente, casos abusivos, onde a nomeação serve a interesses financeiros ou políticos, ainda são uma triste realidade.

Como cidadãos, nosso papel é ir além das críticas nas redes sociais: devemos fiscalizar, cobrar transparência, e, principalmente, reconhecer os acertos da administração. A democracia se fortalece quando participamos ativamente na gestão pública, equilibrando vigilância e apoio construtivo. 

Fique atento, seja pró-ativo e ajude a construir uma administração mais ética.

 

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