No município de Santana do Itararé, localizado na região do Norte Pioneiro do Paraná, uma mãe tem vivido um dos momentos mais emocionantes de sua vida. Edi de Fátima Amantino, mulher de 65 anos de idade, acompanhou com emoção e orgulho a estreia de sua filha, Gisele Amantino, como árbitra da Federação Internacional de Voleibol nas Olimpíadas de Paris 2024.
Em sua jornada até as arenas olímpicas, Giseli tem uma história marcada por dedicação, sacrifício e, acima de tudo, apoio incondicional de sua mãe, que não poupou esforços para ajudar a filha a realizar seu sonho.
Em uma entrevista exclusiva com a reportagem da Folha, Edi Amantino, revelou está sendo acompanhar sua filha nas Olimpíadas. “Ver Gisele nos jogos, apitando para um público mundial, é uma sensação indescritível. Sempre confiei no potencial dela e desde sempre acredito que ela alcançaria algo incrível, como isso”, afirmou a mãe emocionada.
Gisele Amantino, de 43 anos, começou sua trajetória no mundo do vôlei por ainda jovem, encontrando sua verdadeira paixão. A mãe, emocionada e orgulhosa, relembra os passos da filha. “Desde pequena, Gisele sempre mostrou interesse pelo vôlei e desde que ela despertou esse desejo, eu a apoiei como pude. Por volta dos 15 anos, ela começou a fazer cursos de árbitra, onde encontrou sua verdadeira paixão e, hoje, atua na categoria com muita felicidade”, relatou Edi.
A carreira de Gisele transformou os pensamentos do pai, que no início não gostava da modalidade. “O pai dela não gostava de assistir jogos de vôlei, mas depois que a Gisele começou a apitar jogos e a mostrar para ele os pontos positivos do esporte, ele não perdia nenhum jogo, principalmente quando ela ia apitar”, comentou a mãe.
Conforme explica a mãe, Gisele enfrentou diversos desafios até chegar ao patamar que está, mas todos foram superados e hoje, segundo a mãe, ela ‘colhe o que plantou’. “Sempre digo que tudo que desejamos fazer possui desafios, mas que todos são superados com insistência e determinação. Foi o que aconteceu com Gisele. Acredito que hoje ela colhe tudo o que plantou, pois enfrentou muitos desafios em sua jornada, lutando e correndo atrás do seu sonho”, afirmou a mãe com orgulho.
Antes de ir para Paris, Gisele visitou a mãe em Santana do Itararé, que ficou contente com a visita da filha. “Ela sempre nos visita aqui em Santana, traz presentes e lembrancinhas dos lugares em que ela esteve. Uma semana antes de Gisele ir para Paris, ela esteve aqui em casa, onde nos alegramos por mais essa conquista em sua vida”, relatou Edi.
“Ver minha filha em Paris, perante um público enorme, contente com seu trabalho e se sentindo feliz, é uma sensação emocionante. Me sinto tão que feliz que não encontro palavras para descrever esse momento, que ficará marcado com a conquista e conclusão dos sonhos de Gisele”, enfatizou Edi emocionada com a atuação da filha.
Edi ainda conta sobre os trajetos da filha na carreira. Segundo ela, Gisele iniciou em jogos escolares e, hoje, apita um dos maiores eventos do cenário esportivo mundial. “Quando minha filha começou a apitar jogos, ela apitava jogos escolares. Depois de um tempo, ela começou a apitar em jogos municipais. Com o decorrer dos anos, Gisele se aprimorou na profissão e apitou diversos jogos importantes em diferentes países”, contou.
Gisele Amantino apitou jogos nos países da Itália, Suíça, Estados Unidos, México e Portugal. Neste ano, Gisele estreou no mundo das Olimpíadas, apitando jogos em nome da Federação Internacional de Voleibol.