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Pesquisa vira caso de polícia em Pinhalão após sofrer ataques e ameaças por grupo da situação

Vídeos gravados pela equipe da Ágile mostram os momentos de perseguição, além das ameaças feitas por pessoas que estavam dentro e fora dos carros.

03/10/2024 às 12h14
Por: Da Redação Fonte: DA REDAÇÃO
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Conforme apuração, durante a coleta de dados na última semana, os profissionais foram seguidos e abordados de forma agressiva por apoiadores de um dos candidatos, incluindo perseguição por veículos com adesivos com o número 55. Foto reprodução de vídeos
Conforme apuração, durante a coleta de dados na última semana, os profissionais foram seguidos e abordados de forma agressiva por apoiadores de um dos candidatos, incluindo perseguição por veículos com adesivos com o número 55. Foto reprodução de vídeos

Um fato lamentável na condução eleitoral de Pinhalão acabou quatro pesquisadores de uma empresa de pesquisas na delegacia de polícia, na última semana. A Folha Extra contratou a empresa Ágile Pesquisas e Marketing para realizar um levantamento de intenção de votos no município, no entanto, o processo foi interrompido após relatos de ameaças, agressões verbais e até empurrões contra a equipe de levantamento de Londrina.

Conforme apuração, durante a coleta de dados na última semana, os profissionais foram seguidos e abordados de forma agressiva por apoiadores de um dos candidatos, incluindo perseguição por veículos com adesivos com o número 55. Um dos membros da equipe precisou chamar o apoio da Polícia Militar após ser ameaçado e empurrado, o que levou ao registro de um boletim de ocorrência na própria cidade de Pinhalão.

Vídeos gravados pela equipe da Ágile mostram os momentos de perseguição, além das ameaças feitas por pessoas que estavam dentro e fora dos carros.

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Diante dos fatos ocorridos o diretor da Ágile Pesquisas, Júlio César Sanches, afirmou que a integridade da pesquisa foi comprometida, inviabilizando a continuidade do levantamento e a entrega dos dados à Editora Folha Extra, responsável pela contratação do serviço. Sanches ressaltou ainda que situações como essa dificultam o trabalho de coleta de informações, criando um ambiente de intimidação e medo, o que acaba por afetar a veracidade dos dados e a credibilidade dos resultados.

“O campo não ficou confiável, pois prezamos pela idoneidade da pesquisa. Nossos pesquisadores foram ameaçados, intimidados e coagidos por três ou quatro carros atrás deles”, declarou o diretor.

Além disso, a empresa destacou que os pesquisadores, além de sofrerem pressões externas, foram alvo de acusações infundadas por parte de apoiadores do candidato envolvido, gerando um clima de tensão que impossibilitou a conclusão dos trabalhos. “Não se trata apenas de coação aos pesquisadores, mas também aos cidadãos que ficam coagidos em dar a entrevista”, completou Júlio.

Diante dos fatos, a Ágile Pesquisas suspendeu a coleta de dados e solicitou a interrupção imediata das atividades no local para preservar a segurança de sua equipe.

O caso já está sendo acompanhado pela Folha Extra, que também se posicionou sobre o ocorrido. Em nota, o jornal reforçou seu compromisso com a transparência e a ética na condução de pesquisas eleitorais e afirmou que tomará todas as medidas necessárias para garantir a proteção dos profissionais envolvidos e a isenção dos levantamentos realizados.

O episódio levanta preocupações sobre as condições de segurança para a realização de pesquisas eleitorais na região, especialmente em períodos de acirramento político. A Polícia Civil irá investigar o caso.

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